Treinamento de funcionários: entenda os tipos de treinamento e como montar um na sua empresa
O treinamento de funcionários é essencial para o crescimento e desenvolvimento das empresas, mas isso não significa que todas as empresas saibam montar treinamentos adequadamente para ter bons resultados.
Porque nós sabemos da importância dos treinamentos corporativos, fizemos este post com tudo o que você precisa saber para criar programas de treinamentos que tragam alto retorno para o seu negócio.
Acompanhe o texto que você vai descobrir quais tipos de treinamento existem, em quais situações utilizar cada um, além de dicas valiosas para montar e potencializar seu treinamento. Boa leitura!
- Tipos de treinamentos de funcionários
- Como os tipos de treinamento se complementam?
- Quando é necessário fazer o treinamento de funcionários?
- Como estruturar um treinamento de funcionários?
- 5 dicas para potencializar seus treinamentos corporativos
Tipos de treinamento de funcionários
Treinamentos comportamentais
Os treinamentos comportamentais buscam desenvolver as competências comportamentais dos colaboradores, então são mais focados nas atitudes das pessoas no ambiente de trabalho. Esses treinamentos trabalham os aspectos comportamentais que afetam na produtividade do profissional, visando preparar o colaborador para atuar com autonomia na sua área.
Por exemplo, podemos citar os treinamentos que focam na gestão do tempo, em como dar feedbacks, e os treinamentos de alinhamento com a cultura organizacional.
Treinamentos técnicos
Esse tipo de treinamento tem como objetivo desenvolver os conhecimentos e habilidades dos profissionais para que eles sejam capazes de realizar suas funções adequadamente. Geralmente, são treinamentos que focam bastante na parte prática, e seus resultados são mais fáceis de mensurar.
Alguns exemplos são os treinamentos em normas regulamentadoras, que ensinam aos funcionários os cuidados que devem ter no dia a dia para evitar acidentes de trabalho. Também podemos citar os treinamentos para vendedores, com ensino das técnicas de vendas.
Como os tipos de treinamentos se complementam?
Esses dois tipos de treinamentos muitas vezes se complementam para capacitar os funcionários em diferentes contextos.
Por exemplo, um funcionário que está se desenvolvendo para se tornar um líder. Provavelmente ele irá precisar de treinamento técnico para aprender a fazer gestão de equipe, a extrair relatórios e outras atividades específicas.
Já na área comportamental, ele pode precisar de treinamento para aprender a ter inteligência emocional e boa comunicação com a equipe.
Percebeu como ambos contribuíram para a formação desse profissional, capacitando-o para um novo cargo? Existem diversas dessas situações, nas quais é possível aproveitar o melhor dos dois tipos de treinamento para capacitar as pessoas. Confira quais são:
Quando é necessário o fazer treinamento de funcionários?
Os treinamentos geralmente estão inseridos em um objetivo maior de desenvolvimento dos funcionários, baseado no desenvolvimento de competências feito principalmente por treinamentos.
Existem 4 grandes tipos de programas de desenvolvimento, que contam com treinamentos específicos.
Você pode identificá-los de acordo com a necessidade de aprimoramento dos seus colaboradores, olha só:
Integração
É aqui que se encaixa o tão conhecido onboarding ou integração. O onboarding é feito quando um novo funcionário entra na empresa, e busca prepará-lo para atuar na sua função da forma mais correta possível. Então pode haver um misto de capacitação técnica e comportamental nos treinamentos.
Nesse momento, o colaborador vai aprender muito sobre a cultura da empresa, sobre possíveis normas de segurança no trabalho, os processos da organização e outras informações essenciais.
Formação
O objetivo desse desenvolvimento é capacitar colaboradores que ainda não possuem todo o conhecimento necessário para exercer sua função com autonomia. Por isso, os treinamentos para essa situação são mais técnicos, podendo contar com uma mentoria para potencializar os resultados.
Aperfeiçoamento
Os treinamentos de aperfeiçoamento são úteis quando o funcionário é competente para executar seu trabalho, mas ainda precisa de um empurrãozinho para melhorar a produtividade e a eficiência.
Aqui, tanto treinamentos técnicos quando comportamentais podem ajudar a trazer todo o potencial do funcionário. É possível fazer treinamentos focados em gestão do tempo, gestão de tarefas, trabalho em equipe etc.
Desenvolvimento
Aqui, o objetivo é desenvolver um funcionário para uma mudança de cargo ou setor. O treinamento técnico irá capacitá-lo para a atuação na nova posição de trabalho, e o comportamental vai ajudá-lo a desempenhar a função com agilidade, autonomia e eficiência.
Leia também: Treinamento e capacitação – diferenças e como investir.
Como estruturar um treinamento de funcionários?
1) Avaliação das necessidades de treinamento
O primeiro passo é o reconhecimento do que precisa ser feito. Não adianta querer montar um treinamento sem saber quais são as necessidades de aprendizado dos funcionários, se não o treinamento será em vão.
Então, analise as competências que os funcionários precisam ter para performarem bem em seus cargos, identifique as que eles já possuem e as que faltam.
E como fazer isso? Simples, tendo proximidade com os líderes das equipes, afinal a gestão de pessoas deve ser uma parceira das áreas de negócio, justamente para facilitar nesses momentos.
Por isso, converse com os líderes para descobrir as necessidades de treinamento, faça avaliações de desempenho e descubra quais competências tem prioridade de serem desenvolvidas. Aí vai ficar fácil perceber se é preciso estruturar um treinamento comportamental, técnico ou os dois.
Se você quiser se aprofundar nessa parte, leia nosso post sobre como fazer um bom levantamento de necessidades de treinamento (LNT).
2) Entendimento do público-alvo
Depois de entender quais as necessidades de treinamento, você precisa entender o público que vai receber esse treinamento. Eles são de qual setor? Qual a faixa etária? São pessoas mais visuais ou auditivas? Tudo isso ajuda a entender o perfil dos participantes e facilita o processo de construção do treinamento.
O perfil do público afeta a linguagem utilizada, os materiais disponibilizados, a duração do treinamento e até a modalidade (presencial, online ou híbrida).
A dica aqui é dar uma olhada nos diferentes perfis de aprendizagem das pessoas. Elas podem ser cinestésicas, auditivas, visuais ou leitoras. Isso pode ser um diferencial e potencializar os resultados do treinamento.
3) Planejamento do conteúdo
Agora é hora de planejar o conteúdo do treinamento, então pense em todos os detalhes possíveis para garantir que nada vai ficar fora de lugar. Alguns pontos essenciais para você decidir nesse momento:
Sabendo responder a essas perguntas, o seu treinamento já tem bem claro qual a estratégia a ser seguida.
4) Coloque tudo em prática
Depois de ter tudo bem desenhado, é hora de colocar o treinamento em prática. Então divulgue o treinamento, acompanhe o andamento das atividades e o engajamento dos participantes.
5) Resultados
Por fim, medir os resultados da ação são essenciais para você perceber se o treinamento gerou retorno positivo e cumpriu com as expectativas.
Então, algum tempo depois do treinamento, é possível utilizar novamente as avaliações de desempenho, para saber se houve melhora no trabalho dos funcionários, e verificar indicadores.
Além disso, é muito importante ter o feedback dos funcionários, sobre a experiência que tiveram no treinamento, o que eles acharam positivo e negativo, o que foi útil para eles e sugestões para as próximas capacitações.
Confira os indicadores mais importantes que você precisa medir nos treinamentos com o nosso infográfico!
Seguindo esse passo a passo, você vai conseguir montar ótimos treinamentos. No entanto, nós conhecemos algumas práticas e ferramentas que podem te ajudar a potencializar esses treinamentos com mais engajamento, e melhores resultados. Confira essas 5 dicas imperdíveis:
5 dicas para potencializar seus treinamentos corporativos
1. Invista em uma área de T&D
Essa área é responsável por fazer a gestão do conhecimento, dos treinamentos e do desenvolvimento dos colaboradores, participando de todas as etapas de criação dos programas de T&D na empresa. Além disso, contribui no planejamento de carreira dos colaboradores.
Investir nessa área é uma estratégia para desenvolver o negócio a partir do desenvolvimento dos funcionários. E não só isso, ter uma área de T&D também traz uma boa experiência do colaborador, diminui a rotatividade e retem os talentos da organização.
2. Utilize uma plataforma EAD
As plataformas EAD são uma mão na roda quando falamos de treinamento de funcionários. Elas possibilitam que eles sejam feitos online ou de forma híbrida, reduzindo os custos dos treinamentos.
Além disso, com ela você não depende mais de disponibilidade de horário de todos os funcionários, muito menos de localização geográfica. Ou seja, os funcionários têm liberdade para realizar seus treinamentos com mais autonomia e praticidade.
A plataforma EAD também possibilita uma melhor organização dos conteúdos, com as trilhas de aprendizagem que estruturam as aulas de forma sistemática e lógica. Isso tudo e ainda é mais fácil de armazenar os treinamentos, que ficam disponíveis para os novos colaboradores assistirem quando entrarem na empresa.
3. Varie nos formatos dos conteúdos
Nos treinamentos presencias estamos acostumados com palestras, workshops e algumas dinâmicas, que querendo ou não, são limitadas. No entanto, quando estamos falando de treinamentos híbridos, ou até totalmente online, existe uma gama de possibilidades nos formatos de conteúdo.
Você pode expandir o assunto do treinamento disponibilizando vários tipos de materiais, então não se prenda a um só tipo. Algumas opções interessantes podem ser:
Screencast
É quando você faz a gravação da sua tela de computador, esse formato é muito útil para fazer tutorias e apresentações em PPT. É muito utilizada em treinamentos técnicos que ensinam a utilizar alguma ferramenta.
Podcast
É um recurso de áudio, onde uma pessoa fala sobre um assunto, ou, o mais comum, duas pessoas conversam em torno de um tema.
Videoaulas
As aulas gravadas são as mais comuns de vermos em treinamentos ead. Elas são práticas porque podem ser assistidas a qualquer momento.
Aulas ao vivo
As aulas ao vivo são as que mais chegam perto de reproduzir o ambiente da sala de aula, com o instrutor ensinando em tempo real e o chat representando a interação com os colegas. Elas são ótimas para engajarem os participantes do treinamento e criar autoridade do instrutor e da empresa no assunto.
E-books
Os e-books, diferente de livros tradicionais, mesmo que no formato PDF, são mais dinâmicos, diretos e curtos. Eles são uma ótima forma de aprofundar o conteúdo, mas de maneira leve.
Leia também: Treinamento Compliance
4. Utilize metodologias inovadoras
Para potencializar tanto o aprendizado quanto o engajamento dos funcionários, você pode lançar mão de metodologias de ensino inovadoras e que trazem mais protagonismo para o funcionário.
Alguns exemplos:
Flipped learning,
É um modelo de ensino que inverte o modelo tradicional de ensino, no qual o estudante aprende o assunto em sala com professor e depois reforça o estudo em casa. No Flipped Learning, o aluno pesquisa o assunto antes e já chega na aula com uma noção sobre o tema, para discutir com o professor e os colegas.
Essa metodologia motiva o funcionário a conhecer o tema do treinamento previamente e poder aproveitar mais os conteúdos oferecidos.
Social learning
É uma forma de aprendizagem que defende o compartilhamento de experiências e conhecimento entre uma rede de pessoas. É um método mais informal e que promove mais interação e protagonismo nos colaboradores.
Fast learning
É o aprendizado rápido, no qual o conteúdo é separado em “pílulas de conhecimento”, facilitando a assimilação do assunto.
5. Aplique a gamificação
A gamificação é quando você utiliza elementos de jogos aplicados aos treinamentos corporativos para potencializar o aprendizado gerando competições saudáveis.
Isso é possível através de rankings, premiações, quizzes, recompensas e estruturação dos conteúdos em “níveis”, como se o colaborador fosse passando de fase no jogo a cada conteúdo consumido.
Isso gera engajamento nos funcionários para participarem dos treinamentos e colocá-los em prática, além de tornar o aprendizado mais divertido.
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